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Aquela lagarta vira borboleta... ou mariposa !

 Aquela lagarta vira borboleta... ou mariposa !

 

Introdução

 

Sim! Aquelas lagartas que destroem sua planta querida e, às vezes, até queimam sua mão vão se transformar em invertebrados admiráveis por sua beleza e modo de vida. A metamorfose completa acontece com a maioria dos insetos. Mas como e por que isso ocorre? Neste experimento vamos observar como acontece a metamorfose de uma lagarta de fogo, em uma simpática mariposa.

Materiais necessários

  • Lagartas ou ovos de borboleta ou mariposa;
  • Caixa de sapato;
  • Saco plástico;
  • Durex;
  • Folhas de papel tamanho ofício;
  • Folhas para alimentação das lagartas.

 

Passo 1

Como conseguir as lagartas ou os ovos:

 

Com certeza existem lagartas, borboletas ou mariposas em uma mata quente e úmida, um gramado florido ou pomar com frutas maduras. Para coletar ovos é necessário observar folhas e cascas de árvores. Os ovos de borboleta ou mariposa são pequenos, geralmente esbranquiçados e sempre estão em aglomerados sobre uma superfície perto de uma planta. Se forem encontrados, eles devem ser mantidos em uma caixa de plástico até o nascimento das lagartas. Essas são mais fáceis de conseguir, pois são maiores e chamam a atenção por estragar as plantas dos jardins, hortas e pomares. Para encontrar lagartas, deve-se procurar plantas com folhas comidas e fezes pelo chão. 
 

 

Ovos de mariposa

                            Eclosão dos ovos de mariposa. Observe as pequenas lagartinhas. A primeira alimentação delas é a casca do próprio ovo.                                

Passo 2

Se não conseguiu ovos... Colete lagartas

 

Uma vez localizadas, cortamos os ramos nos quais elas estão se alimentando. Observe e anote qual o tipo de planta cuja folha estão comendo. Isso é importante, pois você terá que fornecer folhas dessa espécie para as lagartas se alimentarem posteriormente. Se a lagarta apresentar o corpo coberto por pêlos, provavelmente será daquelas que queimam a pele, uma taturana. Então, cuidado! Utilize luvas para pegá-las ou pegue-as sem tocar nelas. Colete pelo menos 5 lagartas e coloque-as em uma caixa de sapato forrada com plástico e com furos de 3 milímetros na tampa. Por cima do plástico, forre a caixa ainda com uma folha de papel para facilitar a limpeza posteriormente. Esse é o viveiro das lagartas.

 

   

Passo 3

Alimentação das lagartas
 
É necessário fornecer, constantemente, folhas que são palatáveis às lagartas. Elas comem muito. O objetivo dessa larva é só se alimentar para armazenar energia para concluir seu ciclo de vida, ou seja, realizar a metamorfose. Mas não é qualquer tipo de folha que uma lagarta come. Cada espécie possui uma ou poucas qualidades de vegetais dos quais se alimenta. Se não forem fornecidas as folhas das plantas certas, as larvas não vão se alimentar e o experimento não poderá ser concluído. Existem espécies mais generalistas, que se alimentam de grande variedade de vegetais, inclusive dos que nós temos o costume de comer também, como couve, alface, almeirão, etc. Por isso, aconselha-se coletar lagartas presentes em hortas, pois é mais fácil conseguir as folhas para alimentá-las.
 

     

Passo 4

Limpeza do viveiro de lagartas

 
É necessário limpar diariamente o interior da caixa de sapato contendo as lagartas. As lagartas comem muito e, consequentemente, defecam bastante. A não limpeza do recipiente pode dificultar sua alimentação, desenvolvimento e locomoção, podendo causar a morte dos indivíduos. Como a alimentação é feita especialmente à noite, é aconselhável aproveitar o período da manhã para essa limpeza. Se estiver utilizando taturanas para fazer o experimento, utilize luvas para fazer a limpeza e manuseá-las.

 

A quantidade de fezes diárias excretadas pelas lagartas é muito grande.

                          

Passo 5

Observação da metamorfose – Da lagarta à mariposa

 

É necessário realizar os passos 3 e 4 diariamente, até que todos os indivíduos tenham empupado. Cada vez que a lagarta parar de comer é sinal de que vai mudar de pele e não deve ser perturbada. Após várias trocas de pele (ecdises), ao atingir tamanho máximo, ela procura a parte superior do viveiro, a tampa, faz a última muda e forma a pupa. Se tecer casulo de fios de seda, é lagarta de mariposa. Se não tecer casulo, é lagarta de borboleta.
 

 

Crisálisa imitando uma folha seca - Borboleta

                                                                                                        Casulo de fios de seda - mariposa                                                                                                                            

Passo 6

Observação da metamorfose – Da lagarta à mariposa

 

O tempo de duração da transformação da pupa em indivíduo adulto varia de acordo com a espécie, mas demora em média entre 6 e 30 dias.
Depois desse tempo, a borboleta ou mariposa rompe a casca da pupa e nasce, ficando de cabeça para baixo para que a força da gravidade ajude na expansão das asas, que estão moles e úmidas, injetando hemolinfa e ar nas veias das asas. Após algumas horas, com as asas secas e distendidas, a borboleta ou mariposa está apta para voar. Por isso, nunca tente “ajudar” uma borboleta a sair da pupa, ela precisa fazer esforço, pois isso será essencial para ela esticar as asas e voar.
 

 

Lagartas empupando

Pupas de mariposa dentro do casulo.

Casulo e o que existe em seu interior: a pupa e a última muda.

Casca de quitina que recobria a pupa, local de onde a mariposa saiu.

                                                                                                     Casca de quitina recoberta por fios de seda.                                                                                    

Passo 7

Manutenção das borboletas

 
Manter borboletas é um trabalho difícil, por isso não é aconselhável deixar as borboletas presas. Elas precisam voar, procurar parceiros para acasalamento e se alimentar. Se quiser mantê-las por pouco tempo, para que seus alunos conheçam de perto este fantástico inseto, é preciso fornecer alimento. Elas se alimentam de líquidos, como néctar de flores, secreções de plantas e frutas em decomposição. Pode-se fazer uma alimentação artificial com uma mistura de uma colher de sopa de mel em 250 ml de água colocada em um pires ou em bebedouros para beija-flores, mas é preciso trocar a mistura todo dia. É interessante transferir as borboletas para um viveiro feito com tela de nylon malha fina, para que os alunos observem melhor o vôo e o comportamento delas.

 

             

Passo 8

O que acontece

 
Durante a vida, as borboletas e mariposas atravessam quatro fases distintas. A imago, que chamamos de borboleta, é o inseto adulto. Ela se acasala e produz ovos. Do ovo sai a lagarta, que se alimenta e cresce, forma a pupa, que se transforma na imago. Este é o ciclo completo :            

Passo 9

O que acontece

 

Durante essa transformação chamada de metamorfose, a lagarta que cresceu muito depois de ter saído do ovo e tinha um aparelho mastigador potente com mandíbulas fortes para cortar e triturar flores, flores, folhas, frutos, sementes e até mesmo cascas, tem todos os seus órgãos internos modificados e seu corpo externo assume uma morfologia muito diferente. Depois de concluído o processo de metamorfose, a imago terá um aparelho sugador de líquidos chamado de espirotromba ou probóscide.
A lagarta e a borboleta são tão diferentes entre si que nem parecem ser o mesmo animal. A pele da borboleta é dura e forma um esqueleto externo. Já a pele da lagarta é fina, coberta de manchas e cerdas. 
A vida da borboleta destina-se quase que exclusivamente ao acasalamento e à procriação, por isso é muito curta. Elas vivem, em média, 1 mês, mas existem espécies excepcionais que chegam a viver 1 ano ou mais. 
 

 

           A vida efêmera: mariposa coloca seus ovos e morre logo em seguida.    
    

Passo 10

O que acontece:

 
Essas diferenças morfológicas entre as fases do ciclo de vida e, consequentemente, entre os tipos de alimentação de cada fase conferem uma interessante capacidade de sobrevivência a esses seres. Pense só: se ocorrer uma escassez de folhas em determinada região, as lagartas provavelmente morrerão, mas as borboletas e mariposas adultas poderão voar para um local onde haja folhas para colocar seus ovos e alimentar novas lagartas. Se elas não tivessem essa diversidade morfológica, nesse caso não seria possível a manutenção da espécie. A diversidade também diminui a competição intra-específica, pois um mesmo indivíduo ocupa nichos ecológicos diferentes durante seu ciclo de vida, o que diminuiria a exploração e exaustão dos recursos do meio. Essas características favorecem a existência de populações numerosas e a ovoposição de grande quantidade de ovos com pouco vitelo.